terça-feira, 30 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

TEATRO NA ESCOLA


O TEATRO E A ESCOLA

Sempre penso como seria possível popularizar o teatro, já que não é nada fácil contar com espaços para divulgação e nem tão pouco, levar um espetáculo teatral a qualquer canto, mas vejo com bons olhos a iniciativa de alguns professores que levam até os seus estudantes, o universo do teatro, mesmo que alguns estudantes não se dêem contam da oportunidade que estão tendo.

Não importa se no começo tudo é apenas uma grande brincadeira, se o figurino é improvisado, se a peça é encenada na sala de aula, se alguns sentem vergonha e outros apenas querem rir dos colegas, o que importa mesmo é a iniciativa de levar o teatro para as escolas, pois é esse primeiro contato que vai fazer o teatro se propagar.

Mesmo que sejam pequenas iniciativas e que sejam encenações complementares sobre matérias do currículo escolar, assim, de pouco em pouco, de maneira despreocupada, vai se mostrando aos jovens a arte de interpretar e, quando se percebe, a sementinha do teatro já fincou raiz e muitos deles serão multiplicadores da arte do Teatro.

Mais louvável ainda são as iniciativas de algumas instituições de ensinos que realizam festivais internos de teatro, estimulando mais ainda o interesse dos estudantes e contribuindo de maneira mais incisiva na propagação da arte de interpretar e na popularização do Teatro. A integração escola-teatro também contribui para uma maior interação entre os alunos e isso, é fato.

Não podemos desestimular as poucas iniciativas daqueles que acreditam que o Teatro pode ser, além de uma ótima ferramenta de apoio pedagógico, uma maneira de manter os estudantes ocupados com outras coisas e isso, nos tempos de hoje, tem um peso muito grande, pois como diz o velho ditado: cabeça vazia, oficina do diabo.

Portanto, sempre que posso, dou a minha contribuição para essas iniciativas, autorizando a utilização dos meus textos para as encenações dos estudantes, pois acredito que desta forma, mais e mais pessoas terão contato com o teatro, e, por certo, novos entusiastas se juntarão para tornar o teatro mais e mais popular. E, quem vai dizer que não?

Para encerrar este artigo, quero deixar bem claro que todas as iniciativas que envolvam estudantes e o Teatro, terão sempre o meu apoio, pois acredito que a Escola juntamente com o Teatro, pode fazer muito mais pela educação dos jovens e estes jovens pela popularização da arte de interpretar. E é assim que penso.

Autor: Paulo Sacaldassy

sábado, 6 de julho de 2013

sexta-feira, 5 de julho de 2013

DOIS BRASIS, DUAS REALIDADES


DOIS BRASIS, DUAS REALIDADES

Em um país continental como o nosso, manter a unidade não é uma tarefa assim tão fácil, pois, até mesmo a nossa língua, a portuguesa, tem lá as suas peculiaridades e características de acordo com a cultura local. Mas o que não pode acontecer é vivermos em dois Brasis e termos duas realidades. Há de se pensar como unidade para gerar oportunidades para todos e, acima de tudo, valorizar a cultura de cada lugar.

Enquanto a corrupção impera e o nosso dinheiro escoa pelos ralos, crianças do interior deste imenso país crescem sem acesso á uma educação de qualidade e sem ter direito algum a cultura. E, aqueles que, voluntariamente, doam parte de seus dias para oferecer algo para as crianças, sofrem pela falta de apoio e de dinheiro. Há muita vontade, mas quem vive longe das capitais, conhece bem esses dois Brasis e suas duas realidades.

Já dizia Monteiro Lobato: “um país se faz com homens e livros”, mas, pena que os homens que alcançam o poder não conseguem compreender a profundidade do que disse Monteiro Lobato no século passado, e a situação é ainda pior quando estes homens, vestidos de poder, estão à frente de pequenas cidades desse imenso país, o que esperar?

Teatro, música, dança, literatura... como fazer tudo isso chegar aos rincões do Brasil, se até quem mora em comunidades carentes nas grandes cidades também enfrenta a mesma dificuldade? O acesso á cultura e educação é algo tão precioso e fundamental para a unidade de um país que não podem estar restritos aos mais abastados e favorecidos e ser tão desprezados pelos homens do poder. Até quando viveremos dois Brasis?

O crescimento econômico, os ganhos financeiros e as mudanças de classe social formam um cenário bem favorável para transformar os dois Brasis em um só e unificar as realidades, então, ao invés de pactuar com desvios de verbas, abusos de poder, censuras descabidas, é chegada a hora desses homens do poder darem ao povo, muito mais do que bolsas e auxílios, pois conhecimento e cultura são ferramentas para um vida inteira

Não pensem que o povo quer só pão e circo, o povo quer conhecer a história do pão, a história do circo, quer ouvir uma boa música, assistir ao Balé Quebra-Nozes, ou quem sabe assistir a um Shakespeare, hein? O povo quer conhecer Monet, Van Gogh, Renoir, quer saber de Charles Chaplin, de Godat, de Fellini, saber mais de Monalisa, da Capela Cistina e muito mais, portanto, é preciso dar isso à todos e não à poucos.

Só assim, com cultura e educação que será possível transformar este país continental em um só. Portanto, que os homens do poder olhem de fato para os interiores, do país e de si mesmos, fazendo o que a muito já deveria ter sido feito, transformar esses dois Brasis e suas duas realidades em um verdadeiro país de oportunidades iguais, pelo menos em termos de educação e cultura.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A PIADA ESTÁ SEM GRAÇA.


A PIADA ESTÁ SEM GRAÇA

Sem querer entrar na polêmica sobre fulano ou sicrano, pois cada um deve ser responsável pelo que fala, o que me interessa aqui neste artigo é debater sobre até aonde vai o limite de uma piada. Acho que o limite de uma piada vai até o limite do senso comum. E qual é este senso comum? É aquele em que cada um pode se colocar no lugar do outro e rir do ridículo da situação.

No momento em que, para fazer graça, ataca-se a deficiência ou ofende-se a honra de uma pessoa, a piada deixa de ser engraçada. O humor deve se deter apenas á uma situação constrangedora em que uma pessoa é posta e não jogado ao léu como gracejos provocativos buscando tirar o riso de alguém. Isso não passa de uma piada sem graça e hoje, é o que mais se vê na televisão.

Com tanta coisa grosseira e de mau gosto classificada como humor no ar, me passa a impressão de que o humor de hoje em dia é outra coisa. A inocência das brincadeiras de outrora, feitas com malícia e picardia, ficaram rasas e ofensivas e perderam a essência do ser engraçado e que nos fazia rir. A falta de educação agora virou sinônimo de humor.

É claro que a vida anda carrancuda e o estresse tem deixado ás pessoas no fio do limite da paciência, mas usar o desrespeito, a intolerância, ou atacar o outro com grosseria, não é, nunca foi e jamais será humor e não tem nenhuma graça. A piada ficou sem graça e os humoristas ficaram sem noção. O palhaço nos faz rir até hoje e não faz do ataque ao outro uma tentativa de fazer rir.

O humor pode sim, aliás, tem o dever de, denunciar, contestar, ridicularizar, desnudar os atos do ser humano dentro das situações engraçadas que ele se envolve, e dentro desse universo, tanto faz se ele hétero, homo, gordo, magro, negro, se é corno, se é mané, o contexto da piada é o que vai fazer rir. Portanto, para saber se isso ou aquilo tem graça, se coloque do outro lado e tente rir do que você acha engraçado.

O engraçado mesmo é que hoje em dia as pessoas estão tão sem graça, que ás vezes da vontade de rir do ridículo em que eles se colocam. Isso sim é uma verdadeira piada. Estão todos no limite do ridículo que a piada até já parece pronta, mas a graça, cadê? Humor igual àqueles de outrora, que nos fazia rir sem que fosse necessário nem mesmo abrir a boca para contar alguma coisa, faz tempo que não se vê.

Ainda tenho esperança que se encontre o limite da graça, onde a piada seja de fato um artifício do humor para nos fazer rir e não para nos indignar, ou ensejar discussões, bate-bocas e ofensas. Mas, lembremo-nos: rir é o melhor remédio, só que a piada tem de ser, acima de tudo, engraçada.

O PATRÃO CORDIAL


O PATRÃO CORDIAL


Nova Comédia do Companhia do Latão Chega ao Rio

O espetáculo "O Patrão Cordial" tem como ponto de partida o estudo téorico de "Raízees do Brasil" de Sérgio Buarque de Holanda e a peça "O senhor Puntila e seu Criado Matti", Do dramaturgo alemão Beltolt Brecht. A dramaturgia é de Sérgio de Carvalho e o elenco traz Adriana Mendonça, Carlos Eschaer, Helena albergaria, Ney Piacentini, Renan Rovida, entre outros.

A trama se passa no brasil, no Vale do Paraíba, nas encostas da Serra da Mantiqueira, no início dos anos 70. O personagem central, Cornélio, é o proprietário rural que oscila de caráter: cordial e fraternoquando bêbado, impiedoso e distante quando sóbrio. É através desse comportamento que se relaciona com outros personagens presentes em sua vida.

O patrão Cordial 
Centrol Cultural Banco doi Brasil
Rua Primeiro de Março, 66 Centro
Tel: (21) 3808-2020
Espetáculo não recomendado para menores de 12 anos
Em Cartaz até o dia 28/07/2013.

FONTE : GLOBOTEATRO.COM.BR